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Mercado da saúde: como funciona e quais são os principais segmentos no Brasil?

O mercado da saúde no Brasil é bastante complexo e dividido. Quando se fala sobre esse tema, é possível pensar que não existem muitos segmentos ou se basear em achismos quanto ao funcionamento dos sistemas de saúde.

Portanto, neste artigo, iremos mostrar como esse mercado funciona, seus principais segmentos e por que investir nesta área.

Como funciona o mercado de saúde no Brasil?

Em território brasileiro, o mercado de saúde se divide entre os estabelecimentos do setor privado e do setor público.

Vamos começar entendendo melhor o setor público, que é regido pelas normas do Sistema Único de Saúde (SUS).

É o Estado quem coordena o SUS com a finalidade de prestar atendimento à grande maioria da população. Mesmo as pessoas que estão incluídas em algum plano de saúde, em algum momento de suas vidas, passam por algum tipo de atendimento vinculado ao SUS, como as campanhas de imunização (vacinas).

O setor privado, por sua vez, é composto por clínicas, hospitais e estabelecimentos de saúde que são mantidos por seguros e por empresários do ramo.

Existem também os planos de saúde que oferecem seguros de saúde individuais e empresariais.

Há, ainda, um outro nicho desse mercado que abrange os profissionais autônomos. Eles não compõem nenhum plano de saúde e não prestam atendimento pela rede do SUS. Em vez disso, realizam atendimentos de forma particular, em que os pacientes pagam.

Rede Pública de Saúde

Em 1988, a Constituição Federal determinou que a saúde deveria ser um direito de todo cidadão e é obrigação do Estado assegurá-la de forma acessível e gratuita. 

Nesse sentido, os princípios fundamentais do SUS são: universalidade, equidade e integralidade.

Mais tarde, em 1990, o Brasil passou, então, a ser o único país do mundo a oferecer serviços de saúde pública com gratuidade.

Muitos pensam que a abrangência do SUS envolve apenas os atendimentos médicos em hospitais e clínicas. Porém, o SUS envolve ações muito maiores, veja:

  • Assistência básica, média e de complexidades altas;
  • Serviços de urgência e emergência;
  • Cuidados hospitalares;
  • Ações e serviços das vigilâncias governamentais: epidemiológica, sanitária e ambiental;
  • Assistência farmacêutica, através de medicamentos gratuitos ou de custeio dos mesmos.

Mercado de saúde – Rede Privada

Atualmente, a rede privada abrange aproximadamente 60% das despesas com saúde em território nacional. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mais de R$ 120 bilhões são gastos com os beneficiários dos planos de saúde.

Os serviços da rede privada estão divididos entre saúde suplementar e entre os particulares autônomos, em que os usuários pagam pelos serviços de forma individual ou coletiva.

Saúde Suplementar

Quando falamos em saúde suplementar, estamos nos referindo a toda atividade de planos e seguros privados que têm a finalidade de prestar assistência médica à saúde.

São as seguradoras de saúde que compõem o setor através de medicina em grupo, cooperativas, filantropia e autogestão.

É chamada saúde suplementar, pois o cidadão que adere a esta modalidade não perde seu direito de usufruir da assistência do SUS.

Os órgãos responsáveis pela gestão do sistema de Saúde Suplementar são:

  • ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar;
  • Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
  • SBDC – Sistemas Brasileiro de Defesa da Concorrência.

No setor privado, a indústria de saúde fornece insumos como medicamentos, materiais e equipamentos aos estabelecimentos de assistência. Tais estabelecimentos utilizam esses insumos a fim de prestarem serviços e atendimento aos adeptos dos planos de saúde.

Particulares Autônomos

Atualmente, o setor de particulares autônomos aumentou muito. Nesse caso, o atendimento é oferecido por um preço fixado pelos próprios profissionais. 

Isso não os impede de prestar serviços aos planos e convênios, nem à rede do SUS. Suas agendas, entretanto, estão dedicadas, na maior parte do tempo, ao atendimento de pacientes particulares.

Tecnologias (Healthtechs) e as principais tendências do mercado de saúde no Brasil

É através dos investimentos em inovação e tecnologia que se torna possível oferecer maior qualidade nos serviços prestados ao público, seja no setor privado ou público.

Assim, as healthtechs assumem um papel de extrema importância para diminuição de custos e ganho de eficiência nas operações hospitalares, promovendo melhorias significativas nos processos internos dos estabelecimentos de saúde.

Mas, afinal, o que são as healthtechs?

São tecnologias voltadas para o mercado de saúde que permitem uma experiência melhor para o paciente por meio da precisão de diagnósticos, desburocratização de processos rotineiros e muito mais.

Na edição de 2019, o Distrito Healthtech Report mapeou 386 startups no mercado. Dentre elas, 24,2% visando melhorias na gestão e nos processos de saúde que atendem as necessidades do setor público e privado.

Segundo dados do IBGE, a população está envelhecendo, pois vive-se cada vez mais. A expectativa é que, em 2060, mais de um quarto da população ultrapasse a idade de 65 anos, contra apenas 9,2% em 2018.

Com o crescimento desse índice, a demanda por atendimento e assistência médica será maior, permitindo que os investimentos neste mercado obtenham um retorno considerável.

Porém, para que seja possível acompanhar as exigências deste novo mercado, é preciso investir também em tecnologias para ganho de eficiência.

Nesse cenário, o mercado farmacêutico e os laboratórios de análises clínicas têm se mostrado promissores. 

Órgãos reguladores dos estabelecimentos de saúde

No Brasil, os estabelecimentos de saúde passam por critérios rigorosos para que deem início ao funcionamento e continuem prosperando.

A finalidade destes órgãos é garantir a qualidade dos serviços bem como a segurança e efetividade das ações voltadas para a saúde da população. A seguir, apresentaremos os dois órgãos mais importantes nesse contexto, confira:

ANS – Agência Nacional de Saúde suplementar

Regulamentada pelo Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem a finalidade de coordenar os planos de saúde no Brasil, zelando pelo interesse público no que diz respeito à assistência suplementar à saúde no Brasil.

Suas funções também estão voltadas para contribuição com a execução de ações de saúde. Clicando aqui, você terá acesso a um artigo em nosso site com todas as informações que precisa saber sobre a ANS.

Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Criada em 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária é uma autarquia ligada ao Ministério da Saúde. Seu objetivo é garantir a proteção à saúde populacional por meio de medidas de controle sanitário de produção e de consumo de produtos e serviços ofertados à população.

Exerce vigilância sanitária em estabelecimentos, processos, insumos e tecnologias, controlando a entrada e a saída do país pela alfândega, portos, aeroportos e fronteiras.

Segmentos do Mercado de Saúde

Os mercados de saúde no Brasil se dividem entre os agentes públicos e privados possuem inúmeros segmentos:

Planos e Seguros de Saúde

De acordo com dados do IESS, em 2018, o segmento de planos e seguros de saúde cresceu em 21,4% através dos planos de assistência médica, com mais de 747 operadoras ativas.

No entanto, houve uma queda de 6% por conta da baixa de três milhões de beneficiários de planos de saúde.

Vale ressaltar que os contratos coletivos são fortemente responsáveis pela evolução dos planos de saúde, pois um dos benefícios empresariais mais valorizados pelos funcionários é a assistência médica.

Nesse contexto, um total de 67% dos planos de saúde provém de contratos coletivos com as empresas.

Cooperativa médica e odontológica

Através da Constituição Federal pela Lei do Cooperativismo nº 5.764/1971 houve a regulamentação das cooperativas para prestação de serviços aos cooperados.

Em uma cooperativa, as pessoas se unem, sem fins lucrativos, para que possam aderir a um objetivo comum em uma sociedade coletiva.

Elas estão autorizadas a comercializar planos para PF (Pessoa Física) e PJ (Pessoa Jurídica), por meio da construção de uma rede de assistência própria ou pela contratação de terceiros.

A gestão é participativa, envolvendo os cooperados nas decisões, e não existe vínculo empregatício entre a cooperativa e seus prestadores de serviço.

Além disso, são compostas por médicos cooperados que atuam no atendimento em hospitais, consultórios, clínicas e laboratórios de análises.

Caso ocorra a contratação de pessoa jurídica, costuma haver a cobrança de uma taxa administrativa.

Hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde

De acordo com o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), existem mais de 273.958 estabelecimentos da área da saúde no Brasil, dos quais 69% compõem o setor privado e, destes, 49% seguem o modelo de consultórios.

Os espaços reservados para os consultórios e clínicas podem oferecer atendimento tanto ao setor público quanto ao setor privado.Esse atendimento pode ser especializado (por exemplo, somente ortopedia) ou pode ser complementar a outras especialidades, exames ou serviços, através de contratação ou parcerias.

Em um ambiente hospitalar, é preciso garantir assistência médica não só para fins curativos como também para prevenção de doenças para a população. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os hospitais têm compromisso médico-social.

Ademais, têm o dever de promover a prevenção e controle de doenças e sediar pesquisas como um centro de medicina.

Como vimos até aqui, os investimentos no mercado de saúde estão em constante expansão e desenvolvimento. Como qualquer outro mercado, antes de investir, precisamos estar antenados nas mudanças e tecnologias que surgem com o tempo.

Assim, não existe uma receita a ser seguida para o sucesso nos negócios, pois este sempre será a soma da vontade, do conhecimento e do esforço.

O mercado de saúde, além de tudo, requer o compromisso e responsabilidade com a vida.

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