/* ]]> */

Classificação ASA: o que é e qual a importância?

A classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) é realizada na prática clínica desde 1941.

Ela é uma classificação do estado físico, sendo utilizada na caracterização dos pacientes que irão à uma cirurgia e/ou utilizarão anestesia para cálculo do risco cirúrgico.

Se trata de uma métrica utilizada em todas áreas de saúde, tendo uma classificação ASA para dentistas e até mesmo para médicos-veterinários.

É considerada a análise a respeito das seguintes informações:

  • condições de saúde;
  • tratamentos;
  • comportamento do paciente;
  • doenças crônicas.

Atualmente é dividida em seis classificações, que aumentam conforme a proporção dos riscos na cirurgia.

Essa classificação é realizada antes do procedimento, seja em caso de cirurgia ou de anestesia, fazendo parte da avaliação pré-anestésica realizada por um médico anestesiologista.

Avaliação pré-anestésica

Essa avaliação é uma consulta efetuada quando o paciente precisa receber algum tipo de anestesia, sendo local ou geral.

Nessa avaliação, o profissional de saúde faz perguntas ao paciente para se informar das suas condições físicas e psicológicas.

É necessário para buscar todas informações clínicas sobre o paciente, como por exemplo:

  • Se o paciente conta com doenças pré-existentes;
  • Alergias;
  • Se utiliza algum medicamento, e caso sim, qual e sua dose diária;
  • Se já se submeteu a cirurgia onde foi necessário a utilização de anestesia, seja local ou geral;
  • Qual cirurgia o paciente irá realizar e/ou será submetido.

Com base nessas informações, o profissional da saúde poderá fazer a classificação ASA do paciente e também verificar quais cuidados ele deverá tomar antes, durante e após o procedimento.

Além disso, é analisado qual o tipo de anestesia que será aplicado:

Tipos de anestesia

Assim como citado anteriormente, há dois tipos de anestesia.

A anestesia local, que garante um bloqueio temporário das terminações nervosas do paciente, alterando as sensações dele sem alterar a consciência.

E a anestesia geral, que seda a pessoa profundamente, onde o paciente perde a consciência, sensibilidade e também reflexos do corpo.

É realizada em cirurgias para que o paciente não sinta dor e desconforto durante o procedimento, não sendo recomendado caso não seja necessário.

A anestesia geral pode ser aplicada através:

  • Da veia: conta com efeito imediato ao paciente.
  • De uma máscara: a anestesia é inalada, chegando na circulação sanguínea pelos pulmões.

As durações sempre são determinadas pelo anestesista, que decidirá o tipo, dose e também a quantidade do medicamento anestésico aplicado.

Por fim, por meio da avaliação é possível medir o risco cirúrgico do paciente.

Risco cirúrgico

O protocolo de risco cirúrgico é feito para reduzir os riscos de mortalidade do paciente, aumentando as chances de sucesso da cirurgia.

Esse risco pode ser formado por classificações, como a classificação ASA e também por exames físicos e/ou testes de apoio.

Trata-se de um cálculo formado com base na avaliação clínica e também laboratorial, recomendando ou não a cirurgia.

Toda operação cirúrgica conta com riscos, e por conta disso cada caso deve ser analisado com base nos fatores citados acima (avaliação pré-anestésica) e outros.

Algumas doenças têm potencial de aumentar o trauma operatório ou impactar na recuperação do paciente, como por exemplo:

  • doenças crônicas;
  • histórico familiar;
  • natureza da cirurgia;
  • falta de nutrientes.

Assim, é tomada a decisão de realizar a cirurgia ou não, pois caso o risco se iguale ou supere ao benefício que a cirurgia trará, a recomendação é não realizar o procedimento.

Um exemplo comum é a cirurgia em pessoas com mais de 70 anos de idade, pois dependendo do caso, pode ser que a cirurgia não traga tantos benefícios quanto o risco, uma vez que o estado de saúde pode estar fragilizado.

Com o estado de saúde assim, a cirurgia é recomendada em poucos casos, pois ela sobrecarrega os sistemas do organismo, em especial o aparelho cardiovascular (coração e vasos sanguíneos).

Em casos como o de idosos, é necessário que o aparelho cardiovascular seja forte para não colapsar durante a cirurgia.

Quando a saúde está fragilizada, é comum que a cirurgia possa causar:

  • sequelas;
  • complicações a saúde;
  • demora para a recuperação;
  • óbito;
  • entre outros.

Por conta disso são realizados os diversos testes e classificações, que também determinaram se a avaliação será ampla (com exames e diagnósticos por imagem) ou não.

Qual a importância da classificação ASA?

A ASA é uma das classificações mais bem aceitas pela comunidade científica. Ela observa a fisiologia do paciente com relação a anestesia que será utilizada e a cirurgia.

A sua importância maior está no bem-estar do paciente, pois com a classificação é possível assegurar quase sempre o sucesso da garantia.

Assim como dito anteriormente, essa classificação possui seis categorias, confira elas:

Classificação ASA I

Se trata do grupo de pessoas que estão saudáveis, não havendo nenhum desses distúrbios:

  • orgânico;
  • fisiológico;
  • bioquímico;
  • psiquiátrico.

Ou seja, pacientes 100% saudáveis, que não fumam e que não fazem uso de grandes quantidades de álcool.

Casos como um paciente com hérnias ou fraturas são aceitos nesta classificação.

Pacientes com classificação ASA I não precisam de diagnósticos de imagem ou exames laboratoriais, devido ao seu excelente estado de saúde .

Somente a anamnese e a avaliação clínica já bastam para seguir com o procedimento cirúrgico.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,06 a 0,08%.

Classificação ASA II

Essa classificação engloba pacientes que contam com doenças sistêmicas leves a moderados, que normalmente não estão relacionados a cirurgia.

Essas doenças não prejudicam ou afetam as funcionalidades do organismo e nessa classificação é possível aplicar a pacientes:

  • fumantes;
  • grávidas;
  • com diabetes;
  • com doença pulmonar leve;
  • que ingerem bebidas alcoólica socialmente;
  • com doença cardíaca leve.

Desse modo, é possível diagnosticar com base em doenças que não afetam as funcionalidades do organismo e prosseguir a próxima classificação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 0,27 a 0,40%.

Classificação ASA III

No ASA III são classificados pacientes com distúrbios sistêmicos mais graves, que podem estar relacionados a cirurgia ou não.

Essas doenças podem prejudicar ou limitar algumas funcionalidades do organismo, como por exemplo:

  • marca-passo cardíaco implantado;
  • paciente com histórico de infarto;
  • diabetes mal controlada;
  • hipertensão mal controlada;
  • entre outros.

É necessário examinar o histórico do paciente para verificar se ele não se encaixa nessa classificação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 1,8 a 4,3%.

Classificação ASA IV

Se trata de pacientes com distúrbios sistêmicos graves, que comprometem o risco de vida constante, com ou sem cirurgia.

Em seguida, confira alguns exemplos de pacientes que encaixam nessa classificação ASA:

  • pacientes com acidente vascular cerebral (AVC);
  • isquemia cerebral;
  • isquemia miocárdica;
  • pacientes com infarto recente;
  • insuficiência respiratória aguda;
  • insuficiência cardíaca crônica (ICC);
  • doença renal grave;
  • entre outros.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 7,8 à 23%.

Classificação ASA V

É a classificação que indica que o paciente não terá esperança de sobrevida caso não passe por uma cirurgia urgentemente.

Ou seja, a cirurgia é seu último recurso.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 9,4% a 51%.

ASA VI

Se trata de pacientes com morte cerebral declarada, em que os órgãos irão ser retirados para a doação.

Nessa classificação, a mortalidade perioperatória é de 100%.

Após a classificação, o que é feito

Junto a classificação ASA, são realizados alguns cuidados de pré-anestesia para garantir o bem-estar do paciente, como por exemplo:

Cuidados pré-anestesia

Antes mesmo do procedimento cirúrgico, alguns cuidados são realizados para que a anestesia seja recebida de maneira eficaz.

É recomendado o jejum de 6 horas para sólidos e 8 horas quando houver uma refeição com muito alimento ou caso o alimento ingerido seja gorduroso.

Para líquidos, é recomendado 6 horas para leite não-humano ou fórmula, enquanto para leite materno o período corresponde a 4 horas.

Líquidos claros, sem grãos ou água é necessário um período de jejum de no mínimo 2 horas.

Além disso, é necessário a remoção de peças dentárias móveis, como:

  • dentaduras;
  • pivôs;
  • pontes.

O aconselhamento ao paciente no dia da cirurgia a respeito de não usar cosméticos como maquiagem e também acessórios, como:

  • relógios;
  • pulseiras;
  • brincos;
  • aneis;
  • entre outros.

Por fim, sempre deixar claro ao paciente que é necessário evitar o consumo de bebidas alcoólicas alguns dias antes da cirurgia e também evitar o fumo.

Tudo isso deve ser realizado após a classificação ASA para assegurar o bem-estar do paciente antes, durante e após o procedimento.

Conclusão

Com base na classificação ASA, é possível saber quais os procedimentos devem ser tomados, no caso de uma cirurgia.

Pacientes classificados com ASA I e II são considerados de baixo risco, enquanto os pacientes com ASA III e IV são de alto risco.

Logo após, temos o ASA V, e quem foi classificado com esse nível já necessita da cirurgia para sobreviver, enquanto o VI é doador de órgãos.

Desse modo, são tomadas decisões junto ao procedimento que será realizado, que também influencia no risco cirúrgico.

É comum que alguns procedimentos possam ter mais riscos cirúrgicos cardíacos, independente do paciente, como por exemplo:

As cirurgias de emergência, urgência ou vasculares têm alto risco, com um índice maior que 5%.

Aneurismas da aorta abdominal, correção endovascular ou cirurgias na região da cabeça, pescoço, próstata, ortopédica e intratorácicas contam com um risco de 1 a 5%.

Enquanto isso, endoscopias, cirurgia de catarata, das mamas ou outros procedimentos superficiais têm risco menor que 1%.

Com esses itens analisados, é possível realizar ou não a cirurgia, garantindo o bem-estar do paciente acima de tudo.

Conte com a Clinspace para distribuição de serviços médicos

De acordo com os dados divulgados pelo G1 em fevereiro de 2023, o Brasil possui mais de 54 mil médicos registrados no país.

No entanto, mais da metade desses profissionais se concentram apenas nas capitais, o que acaba gerando uma grande desigualdade na distribuição de serviços médicos.

Nesse cenário, a Clinspace surge como uma alternativa inovadora para ajudar a melhorar a distribuição de serviços médicos no país.

A plataforma de coworking em saúde permite que os profissionais da saúde possam atender pacientes em mais regiões, sem precisar investir em um espaço físico próprio, o que reduz o custo da operação.

Além disso, a Clinspace também oferece a Clinspace Academy, uma plataforma para treinamento de profissionais da saúde em gestão, que possibilita a divulgação de treinamentos para profissionais de saúde e oferece programas de crescimento e incentivo das atividades profissionais, como o plano Clinspace Enterprise.

Com essas soluções, é possível conectar profissionais da saúde de diversas regiões do país, aumentando a oferta de serviços médicos em locais onde a demanda é maior.

Dessa forma, a Clinspace se torna uma importante aliada na luta por uma distribuição mais igualitária de serviços médicos no Brasil.

E chegamos ao fim de mais um artigo repleto de informações preciosas para o seu negócio. Agora, você já sabe como os serviços de inteligência empresarial da Clinspace podem potencializar seus lucros e automatizar os processos do seu negócio de maneira eficiente?

Nossos assistentes virtuais inteligentes são capazes de responder rapidamente às necessidades de seus clientes e funcionários, sempre com um tom profissional e acolhedor. Eles são capazes de lidar com conversas de diferentes níveis de complexidade, aumentando a eficiência e qualidade do atendimento. Além disso, através de nossa plataforma, você poderá obter mais leads interessantes diretamente em seus canais de vendas, convertendo mais clientes e melhorando seus processos.

Com a Clinspace, você poderá automatizar os processos de negócio e eliminar desperdícios. Nossa plataforma rastreia automaticamente pontos críticos, identificando futuros tópicos de implementação para melhoria contínua. Além disso, oferecemos outros serviços, como estudo de mercado, aceleração de lançamentos, e jornada de operação, que podem proporcionar vantagens competitivas ao seu negócio.

Ao escolher a Clinspace, você terá acesso a uma tecnologia avançada de inteligência artificial para criar conteúdos de alta qualidade sobre qualquer área ou assunto, planejar a produção desses conteúdos e gerar estratégias feitas para o seu negócio em segundos.

Nós da Clinspace, temos orgulho de poder ajudar empresas de todos os tamanhos a atingir o sucesso. Se você ainda não experimentou nossos serviços, nós o convidamos a fazê-lo agora mesmo. Fale com um de nossos representantes no suporte ao lado ou preencha o formulário e encontre a solução perfeita para o seu negócio. Estamos à disposição para ajudá-lo a identificar a melhor forma de aplicar os nossos serviços e pacotes de conteúdo personalizados.

Acreditamos que, com a ajuda da Clinspace, você conseguirá alcançar o sucesso que o seu negócio merece. Então, não perca mais tempo, comece a transformar o seu negócio agora mesmo! Estamos ansiosos para colaborar com o crescimento e sucesso do seu empreendimento!

Recentes

Preço da Sublocação para Medicina por Período em São Paulo: Capital – Guia Completo e Atualizado

O preço da sublocação de consultórios médicos em São Paulo: Capital pode variar significativamente dependendo da localização, estrutura oferecida e outros fatores. Em bairros mais centrais e nobres, como Jardins e Vila Mariana, os valores tendem a ser mais elevados, podendo oscilar entre R$ 1.500 e R$ 4.000 por mês. Já em áreas mais periféricas, os preços podem ser mais acessíveis, variando de R$ 800 a R$ 2.000 mensais. Além do custo do espaço, é importante considerar serviços adicionais incluídos na sublocação, como recepção, internet, limpeza e estacionamento, que podem impactar o valor final.

Preço do Consultório Medicina Equipado por Período em São Paulo: Capital – Guia Completo e Atualizado

Neste artigo, discutiremos os preços de locação de consultórios médicos equipados por período na cidade de São Paulo. Analisaremos as variáveis que influenciam os custos, como localização, tamanho do espaço, tipos de equipamentos oferecidos e serviços adicionais. Além disso, compararemos diferentes opções disponíveis no mercado para auxiliar médicos e profissionais de saúde na escolha do consultório mais adequado às suas necessidades e orçamentos.

Preço do Coworking de Medicina por Período em São Paulo: Capital – Descubra as Melhores Ofertas!

Os preços do coworking de Medicina por período em São Paulo: Capital variam conforme a localização, infraestrutura oferecida e serviços adicionais disponíveis. Em geral, os espaços de coworking destinados a profissionais da saúde podem cobrar valores que variam de R$ 50 a R$ 300 por hora, ou de R$ 1.000 a R$ 6.000 por mês, dependendo das condições e facilidades oferecidas, como consultórios equipados, recepção, internet, entre outros. A demanda crescente por espaços flexíveis e compartilhados na área médica tem impulsionado a oferta desses ambientes na capital paulista, proporcionando opções diversificadas para profissionais que buscam flexibilidade e redução de custos operacionais.

Relacionados

Preço da Sublocação para Medicina por Período em São Paulo: Capital – Guia Completo e Atualizado

O preço da sublocação de consultórios médicos em São Paulo: Capital pode variar significativamente dependendo da localização, estrutura oferecida e outros fatores. Em bairros mais centrais e nobres, como Jardins e Vila Mariana, os valores tendem a ser mais elevados, podendo oscilar entre R$ 1.500 e R$ 4.000 por mês. Já em áreas mais periféricas, os preços podem ser mais acessíveis, variando de R$ 800 a R$ 2.000 mensais. Além do custo do espaço, é importante considerar serviços adicionais incluídos na sublocação, como recepção, internet, limpeza e estacionamento, que podem impactar o valor final.

Preço do Consultório Medicina Equipado por Período em São Paulo: Capital – Guia Completo e Atualizado

Neste artigo, discutiremos os preços de locação de consultórios médicos equipados por período na cidade de São Paulo. Analisaremos as variáveis que influenciam os custos, como localização, tamanho do espaço, tipos de equipamentos oferecidos e serviços adicionais. Além disso, compararemos diferentes opções disponíveis no mercado para auxiliar médicos e profissionais de saúde na escolha do consultório mais adequado às suas necessidades e orçamentos.

Preço do Coworking de Medicina por Período em São Paulo: Capital – Descubra as Melhores Ofertas!

Os preços do coworking de Medicina por período em São Paulo: Capital variam conforme a localização, infraestrutura oferecida e serviços adicionais disponíveis. Em geral, os espaços de coworking destinados a profissionais da saúde podem cobrar valores que variam de R$ 50 a R$ 300 por hora, ou de R$ 1.000 a R$ 6.000 por mês, dependendo das condições e facilidades oferecidas, como consultórios equipados, recepção, internet, entre outros. A demanda crescente por espaços flexíveis e compartilhados na área médica tem impulsionado a oferta desses ambientes na capital paulista, proporcionando opções diversificadas para profissionais que buscam flexibilidade e redução de custos operacionais.

Preço do Aluguel de Consultório de Medicina por Período em São Paulo: Capital – Guia Completo para Médicos

O aluguel de consultórios de medicina em São Paulo: Capital, varia significativamente dependendo da localização, estrutura e serviços oferecidos. Em bairros nobres como Jardins, Vila Olímpia e Itaim Bibi, os preços tendem a ser mais elevados, refletindo a alta demanda e a valorização do mercado imobiliário. Em regiões centrais, como Consolação e Bela Vista, é possível encontrar opções com valores intermediários. Já em áreas mais afastadas do centro, os preços costumam ser mais acessíveis. Além da localização, fatores como a disponibilidade de estacionamento, segurança, infraestrutura tecnológica e serviços de recepção também influenciam o custo do aluguel.